[quarta-feira, setembro 21, 2005]

Há exatamente 15 anos, nascia a minha irmazinha caçula, a rapa da panela, que até hoje é a nenezinha da casa. Foi, de longe, a Rodrigues Melo que mais aprontou na infância. Não tinha quem a fizesse ficar parada. Não andava, só corria e pulava, das seis da manhã à meia noite.

Vários episódios marcaram sua infância:

* Desde que descobriu que tinha cabelo, não parava mais de penteá-lo. Era só ver um espelho que lá ia ela atrás da sua escovinha, para se emperequetar, conforme a foto abaixo.

* Também não podia ver uma melancia. Era capaz de comer uma inteirinha sozinha, e fazia a maior lambança do mundo. Detalhe para o estado do seu conjuntinho amarelo:



* Aos dois/três anos de idade, inventou de correr ao redor de uma pilastra lá de casa. Em algum momento ela deve ter ficado tonta de tanto correr em círculos, que foi quando ela meteu a testa na quina da pilastra (que era de aço) e pela primeira vez foi ao hospital levar 4 pontos na testa.

* Não satisfeita, meses depois, ela novamente correndo e saltitando pela casa, caiu de boca no chão e mordeu os próprios lábios com muuuuita força. Mais 4 pontinhos, 2 do lado de dentro dos lábios inferiores e mais dois do lado de fora.

Na idade em que ela estava com o rosto todo costurado, de tanto levar pontos. Mesmo assim, não perdia a pose.

* Aos quatro aninhos, lá foi ela, chiquérrima como só ela sabe ser, conhecer a Europa. Foi na França, Holanda, Bélgica, Suíça e Alemanha, apesar de não lembrar absolutamente de nada. O importante foi que ela sentou no colo da estátua do Sherlock Holmes em Meringen (Suíça), dançou no meio da rua quando ouviu música de restaurante em Paris, chorou pra sair dos parquinhos dos Mc Donald's nas estradas, queria entrar nas maquetes da cidade em miniatura na Holanda e rodou a baiana quando não serviram croissant na Bélgica.

Ela emburrada como sempre ficava ao fazer coisa errada. Neste caso, provavelmente foi porque não a deixaram subir em alguma árvore ali por perto.

* Por volta dos seis aninhos, teve sua primeira paixão. Oh, o amor! Ela já sabia escrever na época, então em todas as agendas/cadernos/paredes lá de casa ela escrevia "Carol e Felipe" (que era seu coleguinha de classe na Escolinha Quem-me-quer).

Na escolinha, mostrando o quanto era esperta e sabia somar 10 + 5. Foi ao quadro resolver o exercício, pra impressionar o Felipe, claro.

* Aos sete anos, ela cismou que só andava dentro de casa se fosse vestida com as roupas da mamãe. Passava o dia inteiro bagunçando o guarda-roupa, colocando sapatos (os quais cabiam uns 5 pezinhos dela dentro) e botava todo mundo pra vê-la desfilando. E ai de quem não assistisse o desfile com calma e elogiando o tempo todo...

* Em 1998 (ela tendo 8 anos) ela criou - sozinha - o seu primeiro e-mail. Quando a internet ainda era algo raro no Brasil, ela já tinha seu próprio endereço eletrônico, que dizia que era pra se comunicar comigo quando eu fosse pra Noruega (que foi no ano seguinte).